No universo criado por J.R.R. Tolkien, uma das passagens que mais chama minha atenção é a história por traz de Minas Ithil ou Minas Morgul.
Desenho de Minas Ithil
Com a destruição de Númenor, os remanescentes que conseguiram sobreviver desembarcaram na Terra Média. Os filhos de Elendil, líder dos númenorianos, Isildur e Anárion, desembarcam em Gondor. A Isildur foi atribuído uma província próximo de Ithil e fronteira com Mordor, e lá ele construiu a cidade Minas Ithil. Lá ele plantou a árvore branca de Nimloth, uma muda de Númenor, plantada por Celeborn. Seu irmão Anárion construiu a cidade de Minas Anor (Minas Tirith). Com o ressurgimento de Sauron em Mordor, Minas Ithil era constantemente atacada. Num desses ataques conseguiram tomar Minas Ithil e expulsar Isildur. Muitos foram os confrontos para a sua retomada, porém com o auxílio do exércitos de Elendil e Anárion, Isildur recupera a cidade de Minas Ithil.Na batalha, Anárion é morto. Assim, Isildur opta por retirar a Árvore Branca de Minas Ithil e a planta em Minas Tirith (que passou a ser o símbolo de Gondor).
Elendil aparece em O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, na união de elfos e homens e a queda de Saúron.
Isildur, em O Senhor dos Anéis. Isildur derrotou Sauron, cortando o anel do poder de sua mão. Porém, acabou cedendo a tentação e não o destruiu.
Minas Tirith, cidade gêmea de Minas Ithil.
Desenho de Minas Ithil.
A Árvore Branca, símbolo de Gondor.
No tempo de Eärnil (descendente de Isildur) Minas Ithil é definitivamente tomada por Saúron. Com o fortalecimento de Saúron e o surgimento dos seus servos mais fortes, os nasgûl ou Nove Espectros do Anel, Minas Ithil é invadida pelas forças sombrias. A partir dali os nasgûl fazem de Minas Ithil sua morada, agora chamada de Minas Morgul ou Torre da Bruxaria. Eles a transformaram num local de tanto pavor que ninguém ousava contemplá-la. Nos filmes de O Senhor dos Anéis vemos Minas Morgul em O Retorno do Rei.
Desenho de Minas Morgul, com Frodo, Sam e o Gollum a passando em frente de Minar Morgul para chegarem a Mordor.
Já comentei em um post anterior a relevância de LOST à TV mundial, com uma forma totalmente inovadora de se narrar uma trama em um programa televisivo, com vários flashbacks e tudo mais. Com um seis temporadas, LOST foi um sucesso total de audiência, sendo que seu episódio piloto rendeu a marca até então inédita nos EUA com aproximadamente 18 milhões de espectadores para uma série televisiva. Também rendeu a demição do presidente do canal ABC, subsidiária da Disney, por ter dado sinal verde à um piloto que custaria 20 milhões de dólares (valor inédito para a época). Porém, a série tornou-se um fenômeno imediato e certamente ajudou a encher ainda mais os cofres da Walt Disney (porque afinal se desse prejuízo não fariam seis temporadas não é mesmo!)
É inegável que nessa segunda metade da década vive-se num momento de nostalgia e reverência as décadas passadas, especialmente do ponto de vista cultural. São inúmeros os reboots de franquias de sucesso tanto no cinema quanto na TV. Temos Jurassic World e Mad Max como alguns exemplos no cinema. Na TV pode-se citar a retomada das séries tidas como "finalizadas", 24 horas, Heroes e rumores aponta possivelmente o retorno de Arquivo X. Obviamente que tem-se um grande apelo comercial, donde retoma-se somente franquias muito rentáveis.
Assim sendo, creio que esse movimento de trazer de volta aquilo que foi bom e o mais importante, o que da lucro, vá atingir também LOST (e torço por isso)! O retorno é quase certo, porém quanto tempo isso levará é um mistério. Alguns rumores já surgiram sobre o possível retorno da série, especialmente a partir de entrevistas concedidas pelos chefões da franquia Damon Lindelof e Carlton Cuse. Assim, é esperar pra ver!
Após o sucesso descomunal a frente da trilogia O Senhor dos Anéis, o diretor neozelandês Peter Jackson trabalhou em outras obras, tais como King Kong, As Aventuras de Tintim e Um Olhar do Paraíso. Esse último, lançado em 2010, é uma adaptação do romance de sucesso de Alice Sebold. A adaptação não foi bem recebida pela crítica especializada na época, condenando, segundo eles, o tom excessivamente melancólico do filme, assim como os efeitos especiais surreais.
"Um Olhar do Paraíso" conta a história de uma garota, Susie Salmon (Saoirse Ronan), brutalmente assassinada por um maníaco que, como seria visto adiante, cometeu vários atos semelhantes. Em todas as ocasiões ele conseguira se passar por inocente ou até mesmo fugir. Porém, com Susie seria diferente. Estando num universo singular nesse "pós morte" (digamos que a passagem entre a vida aqui e o " seguir adiante"), Susie se nega a esquecer, querendo justiça para os atos de seu assassino. Neste contexto que se passa a maior parte da trama, em Susie vendo as consequências da sua morte, com sua família desmoronando, e nada das investigações levarem a seu assassino. Porém, como Susie afirmou, "o meu assassino não entendia...o quanto um pai pode amar sua filha". E é esse amor de pai (Mark Wahlberg) e filha que pode trazer a justiça desejada por ela e também por nós, público, que sofremos junto com ela
O produtor Steven Spielberg, a atriz Saoirse Ronan e o diretor Peter Jackson na première, em 2010.
Reflexivo, Um Olhar do Paraíso emociona do início ao fim.
Apesar das críticas, que a maioria não compartilho da mesma opinião, o filme é lindo, um dos mais emocionantes que já assisti. É daqueles filmes que se não fazem chorar, fica no quase. Quanto aos efeitos, o que pra alguns foram algo negativo pra mim foi surpreendente e lindo. As paisagens surreais condissem com o que uma garota como Susie veria após a morte. E creio que essa é uma das coisas que Jackson queria nos transmitir, que nesse pós-morte (para os que creem) pode haver um universo construído a partir de nossos anseios e pensamentos, por mais mirabolantes que sejam! Enfim, pra quem não viu "Um Olhar do Paraíso" ainda fica a dica e pra quem já o viu, o que achou? Curtiu os efeitos especiais? Se emocionou?
Efeitos surreis em "Um Olhar do Paraíso", de Peter Jackson.
Trailer legendado da adaptação.
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Inferno: uma inspiração para se ler A Divina Comédia.
Em 13 de outubro estreia a adaptação cinematográfica da nova aventura do simbologista Robert Langdon (Tom Hanks), Inferno, de Dan Brow. Tanto para Código da Vinci quanto Anjos e Demônios, somente li os livros após assistir as adaptações. Com Inferno propus fazer diferente, apesar de nesse meio tempo já ter lido também outras obras de Brown, tal como Símbolo Perdido (o melhor dele) e Fortaleza Digital.
Capa americana de Inferno, a mesma da versão brasileira.
Muitas criticam Dan Brow pela semelhança entre seus livros, isto é, utiliza a mesma receita alternando ou adicionando apenas alguns ingredientes a trama. É, realmente nas obras que trazem Langdon como protagonista sempre há um par feminino, a "mocinha" (ou não tão mocinha assim), que o auxilia a desvendar os mistérios e enigmas e, claro, tem uma queda por ele. Ele por sua vez corresponde no máximo com um beijo. Outro ponto são as reviravoltas, que marcam as tramas de Brown. Não se pode dizer quem é bom ou ruim até se finalizar a última linha dos livros. Isto é bom, porém as vezes é um pouco confuso.
Mais uma vez o premiado ator Tom Hanks da vida ao simbologista Robert Langdon.
Apesar das críticas, o que não se pode negar é todas as obras de Dan Brown são uma verdadeira aula de História, nos levando a uma viagem pela cultura, arte, literatura... Só por esse fator acredito que a leitura de suas obras já seja válida. Em relação a Inferno, sua última publicação (2013), a históra inicia-se na cidade italiana Florença e termina em Istambul.
Tudo começa com suicídio de Bertrand Zobrist, um famoso geneticista, especialista em manipulação genética. Zobrist era um líder do movimento Transhumanista, acreditando que com a contribuição da ciência o homem poderia chegar um dia ao clímax de sua evolução, sobretudo do ponto de vista intelectual. Porém, acreditava também que era improvável a chegada do ser humano a esse estágio da evolução, sobretudo em decorrência da superpopulação que geraria miséria e fome. Assim, defendia a imediata intervenção em prol de um controle populacional.
Símbolo do movimento Transhumanista. Mais uma vez Dan Brown polemiza com elementos e instituições reais em suas tramas, tal como já fez com a maçonaria e os Illuminati.
Antes de se suicidar, Zobrist gravou um vídeo relatando que em determinado local há um objeto que "transformará o mundo". Nesse vídeo, ele veste uma máscara de pássaro e se autointitula "Sombra" e"Inferno", referindo-se a uma das três partes do livro de Dante Alighieri, A Divina Comédia. Sim! Zobrist trata Inferno como prelúdio do que espera a humanidade caso algo não seja feito para controlar o crescimento populacional e justifica o que fez nisso.
A Divina Comédia, obra de Dante Alighieri, que é subdividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso.
As referências ao Inferno são o clímax desse libro. Não li A Divina Comédia, todavia após tantas referências acredito ser um livro essencial e certamente estarei lendo em breve. Acredito que esse foi um dos objetivos de Brown ao publicar essa obra, isto é, trazer uma visão mais misteriosa, acessível e talvez simplista de A Divina Comédia, para o desperta do interesse para a sua leitura na íntegra
O Mapa do Inferno, obra de Boticelli, que se baseou no Inferno relatado por Dante e presente na obra de Dan Brown. Nele o indivíduo passa por uma série de torturas, desde ter que passar em larva fervendo até ser comido por um diabo de três cabeças, de acordo com os pecado cometido.
Assim, toda trama gira em torno de desvendar o mistério (onde esta e o que é objeto escondido por Zobrist?). Zobrist deixa pista e símbolos para se encontrar tal objeto (com qual objetivo? Não sei, possivelmente insanidade), tudo baseado no Inferno. E claro, onde há símbolos há Langdon. E junto dele há a jovem superdotada Sienna Brooks (lembram-se do par feminino...), que já teve um envolvimento amoroso com Zobrist. Juntos, Sienna e Langdon tentarão desvendar esse mistério e quem sabe salvar a humanidade... ou não!
Robert Langdon e Sienna Brooks, interpretada pela atriz Felicity Jones.
Fora isso, esse livro trouxe várias curiosidades e informações que desconhecia, tal como a existência do Consórcio, uma instituição que faz qualquer coisa anonimamente, desde que pagando muito bem.
Com direção de Ron Howard, o mesmo de O Código da Vinci e Anjos e Demônio, Inferno tem tudo pra tão polêmico quanto seus antecessores. Ao menos história pra isso tem! Ficou curioso para ler essa obra? Recomendo a versão ilustrada, que pode ser encontrada em qualquer livraria e facilita bastante em relação ao entendimento da leitura. Abaixo confira o trailer da adaptação e algumas outras curiosidades.
Tom Hanks, Dan Brown e Ron Horwad, que mais uma vez assumi a direção.
Trailer do filme
Ficou curioso em relação ao Inferno idealizado por Dante. O link a seguir detalha isso e trás uma versão em HD do Mapa do Inferno. Confira lá!
<https://unalucciola.com/2014/01/26/mappa-dellinferno/>
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
De volta com Nárnia!
Olá pessoal! Bom, fiquei um tempo sem postar nada. Porém, agora reinicio as postagens e com uma excelente notícia: a volta de Nárnia aos cinemas! Depois de um grande período sem nenhuma notícia praticamente, fora que os direitos vinham e iam de estúdio, a TrisTar, divisão da Sony, assume o financiamento do novo filme, a Cadeira de Prata.
Depois da Walt Disney e Fox deixarem a franquia, a Tristar assumi o comando.
Tanto os livros quanto os filmes de As Crônicas de Nárnia, de C.S.Lewis, marcaram minha vida. Príncipe Caspian foi um dos primeiros livros que li (sim, li ele antes de "O leão, a feiticeira e o guarda-roupa") que me lembre e um dos que mais me emocionaram. Embarcar nas aventuras com os irmãos Pevensie era maravilhoso. Quanto as adaptações, "O leão, a feiticeira e o guarda-roupa" e "Príncipe Caspian" são memoráveis, tanto pelas atuações, trilha sonora emocionante e direção de Andrew Adamson (de Shrek). O terceiro é muito bom, todavia Peregrino da Alvorada é o livro que menos me identifico e a adaptação também não foi a mesma coisa que as anteriores.
Linda trilha sonora!
E em relação a Cadeira de Prata, o quarto livro a ser adaptado? Confesso que o li faz uns seis anos, assim não me lembro da história com detalhes. A história conta o retorno de Eustáquio a Nárnia, com sua amiga Jill Pole. O príncipe Rilian, filho de príncipe Caspian (que ja está em tenra idade), encontra-se desaparecido desde criança. Assim, Eustáquio e Jill vão em busca do príncipe, contando com a auxilio do pessimista paulama Brejeiro. Brejeiro é uma criatura singular, e em algumas passagens me lembrou o Gollum de O Senhor dos Anéis. Nessa aventura terão que enfrentar gigantes e uma feiticeira de um mundo subterrâneo. Ahh e é claro que Aslan aparece também nessa narrativa.
Brejeiro: o "guia" quase nada pessimista #sqn kkk de Eustáquio e Jill.
Feiticeira Verde: a grande vilã da história.
Por enquanto o que se sabe é que ao longa está nas mãos do ótimo produtor Mark Gordon, de As aventuras de Pi. Em entrevista recente, Gordon relatou com A Cadeira de Prada será um reinício, com novos atores, produtores e direção (uma pena, gostaria do retorno de Adamson a direção). Mas enfim, é isso que sabemos por enquanto. Vamos esperar pra ver... mas só pela confirmação da produção já da aquela nostalgia. Por Aslan! Por Nárnia!